Fiz um curso de neurociência dois anos atrás que trouxe muita contribuição para minha profissão e para minha pessoa.
Vi contribuições da música, das artes e de situações simples, entre pais e filhos e como tais podem mudar completamente a vida das futuras gerações!
Compreendi muito mais a função da memória e como é importante auxiliar as crianças a desenvolvê-la, assim como a atenção.
O curso foi tão significativo que mudei várias coisinhas em meu dia a dia e uso muito do que li e ouvi com a Carolina e com meus alunos. A parte de registro, de anotar para reler e assim aprender, é um exemplo vivo aqui no Miss...vivo escrevendo minhas falhas, meus medos, minhas vitórias e sempre volto para reler... com isso organizo muito mais minha ideias e faço um melhor digestão daquilo que não caiu bem!
Segue uma reflexão, da Elvira, protagonista do curso que mencionei, uma estudiosa em aspectos da neurociência e contribui muito com o crescimento dessa Miss aqui!
"Atenção não é traço de personalidade. Atenção se educa. Sabidamente práticas culturais e atividades artísticas proporcionam situações excelentes para educar a atenção. Redes neuronais se formam e se fortalecem ao longo de um período de tempo. Kandel fala no documentário Em busca da memória uma frase importantíssima ao explicar o funcionamento da memória: o cérebro não é fixo (rígido), ele é plástico! Em qualquer idade, desenvolver comportamentos de atenção é resultado de uma prática contínua. Assim como desestressar o nosso cérebro não se faz da noite para o dia e relaxar é resultado de um processo. Vivemos em um período histórico em que ficar parado é sinal de que algo está errado. Porém, precisamos de pausas. Benditas pausas que nem sempre são vistas com bons olhos. Uma das coisas que tocar piano me ensinou é que sem pausa não há música, melodias são feitas de sons e de silêncios. Tive uma professora de piano nos Estados Unidos que me dizia, lembro bem, quando estudava peças de Villa Lobos com ela: "ouça a pausa!" "você está ouvindo a pausa?"
Fico pensando se não é um pouco contraditório o que estamos fazendo com a infância: primeiro colocamos atividades o tempo todo, depois se a criança se agita dizemos que é hiperativa. Os diagnósticos são geralmente feitos a partir dos relatos de pais e professores. Não que não existam casos reais de hiperatividade e de déficit de atenção. Porém, quantos diagnósticos são equívocos nos casos das crianças que não desenvolveram comportamentos de atenção porque, em muitos casos, nem foram ensinadas e nem tiveram oportunidade para tanto. É bom refletir com calma sobre esta questão.
Se você se interessou pelo assunto, leia mais na página da Elvira Souza Lima
Super recomendo!
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